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Contos & Crônicas

Capítulo 09 - Seu Ozório, o professor

A primeira grande aventura de Gildinha com um homem feito. Uma história sensual que não é recomendada para as crianças. Peça a íntegra pelo What'sApp 11-9.7545.4043.

26/06/2023 - 19:21 | Atualizado em 03/02/2024 - 12:00

CAPÍTULO 09 - SEU OZÓRIO, O PROFESSOR
"...foi como uma linda florada de setembro com promessa de colheita farta"

Já que agora eu tinha um outro jeito de olhar pro Seu Ozório (o chofer de praça), ele me levou para passear no carro dele, saiu da cidade e entrou na Mata do Cadeado e naquele lugar tão gostoso começou a me contar sobre a sua vida e eu quase chorei porque um dia a mulher largou dele e foi embora com o filho. Então, veio para a cidade pequena porque queria encontrar uma moça de família como eu.

 "Fiquei com tanta pena dele que deixei ele me beijar uma vez, só que logo começou a me segurar com força enfiando a mão por baixo..."

Fiquei com tanta pena dele que deixei ele me beijar uma vez, só que logo começou a me segurar com força enfiando a mão por baixo da minha roupa, então percebi que aquilo não era certo, gritei e disse que ia contar ao papai. Parece que ele ficou com medo e me levou de volta me deixando a uns dois quarteirões do restaurante. Um dia papai me perguntou porque o Seu Ozório tinha sumido eu respondi que ia justamente perguntar o mesmo para ele. Fiquei quietinha e tudo ficou nisso mesmo e quando via de longe o motorista, eu virava o rosto – era um misto de vergonha e saudade – é, ele deixou uma saudadinha.  Sobrou o que ele me ensinou e o que não chegou a ensinar: comecei a ver o homem como homem, sabe com’é?     

A mãe de Joselito não sabia como agradecer as minhas visitas e, de certa vez, quando eu estava lá falando com ela (de vergonha, eu conversava pouco com ele), entrou o médico com um enfermeiro arrastando um estrupício de onde desenrolaram uns fios prendendo umas presilhas na perna de Joselito. Nessa hora, a Dona Inês me mandou para fora do quarto e eu fiquei ouvindo os gritos e gemidos... Ai, Jesus, o que estavam fazendo nele? Me deu um ódio de ver aqueles homens quando saíram do quarto, mas depois fiquei sabendo que eram instrumentos de dar choques para ajudar a colar os ossos quebrados de Joselito. Que modos mais esquisitos de curar, que sofrimento!

As famílias já estavam conversando cada vez mais, os pais dele já iam aos domingos almoçar no nosso restaurante e um dia os meus até foram jogar buraco na casa deles. Era sempre eu que servia tudo seguindo as lições do seu Ozório. ‘‘Quão prendada é essa menina’’ - era só elogio.  Não preciso contar no que deu. Joselito curou-se, ficou meio coxo, mas era tão bonito com aquele bigodinho do ‘Rol Flin que o defeito não afetava em nada, eu nem percebia. Jurou amor por toda a vida e isso me elogiava muito, eu estava cheia de vida! 

Então, a gente namorou pra valer, começamos um amor profundo e tomamos de uma vez a liberdade de ficar casal já que o compromisso foi acertado. E eu gostava tanto de beijar Joselito e pegar no corpo dele, por tudo. E, quando começava  avermelhar, seus músculos cresciam e ele me agarrava com força, nossos desejos se juntavam, eu também ficava poderosa e o mandava fazer coisas que, depois, me lembravam uma cadela no cio atraindo a cachorrada. O gozado é que isso também, de vez em quando, me lembrava do Seu Ozório. 

Um dia, na privada no restaurante que já estava fechado, encostei as mãos no espelho da parede, de costas abri bem as pernas e mandei Joselito colear-me com força - dá até vergonha de falar... pedi que viesse com a força de seu caminhão e ficava olhando a cara dele pelo espelho. Ele perguntou se eu aguentava os 150 cavalos, e obedeceu. Não entendi bem mas depois disso eu sempre pedia a tropa inteira dentro de mim. Quanta loucura!  

Não demorou pra eu fazer uma coisa nova. Um dia, quando ele gozou, sentei na privada e fiquei bem na altura da cintura dele. Me deu vontade de uma coisa, essas coisas que a gente nunca fez, mas parece que nasce com a vontade, e lambi e bebi como sobremesa o que sobrava do seu creme. Ele olhou dum jeito nos meus olhos, até hoje não sei se ficou assustado ou só saciado. Só sei que gostou porque depois ele queria isso antes, durante e depois, e virava uma fuzarca só. Ai, como era bom virar mulher!  

Depois dessas experiências, eu ficava encasquetada com tanta lembrança do Seu Ozório, acho que ele queria me ensinar tudo, tudinho, sabia?  Ele era tão bom mas ‘tava tão sofrido... a mulher largou ele, tadinho. Tem umas horas, sabe, que eu penso que devia ter aceitado, aquilo podia ser útil pro meu casamento. É que o Joselito, tão lindo, o meu Gavião dos Mares, tem vez que fica meio encolhidinho, jururu, que nem pinto molhado que se esconde debaixo do beiral.  Se eu já tivesse bastante prática, a gente ia aproveitar muito mais – ia ser um gozo só... igual um pilão na queda d’água, não pararia de socar. Uma fartura, ai, que tesão!

Eu aprendi que sempre devia servir bem, mas nesses assuntos teve uma hora que eu comecei a exigir porque eu vivia com arrepios que vinham da ponta do dedão até o último fio de cabelo. Foi por isso que um dia exigi que Joselito pusesse a cabeça no meio das minhas pernas e me desse os presentes que me devia, mas ele ficou meio assim-assim, parecia enojado, e aquilo me magoou dum tanto que comecei a pensar se era errado, mas o pior é que a minha cabeça vinha sonhando  com muito mais. Se isso já acanhava ele, ‘magina no que ia dar se eu me virasse de bruços?  Acabou que foi ficando arroz com feijão, às vezes, mal dava um caldinho.

Acho que Joselito ‘tava ouvindo muito o padre, pois ele não saía da igreja quando não estava viajando com o caminhão. Era por isso também que vivia brigando porque eu servia a mesa do Manezinho do Banco da Lavoura, que era o nosso gerente, e a mesa do Roco Biagi, o dono do posto de gasolina, era só ciúme de um e de outro, quase que nem dava mais para trabalhar. E por graça de Deus, ele não se incomodava com o Seu Ozório que voltou a comer no restaurante depois que eu me casei. Isso me dava a liberdade de conversar com aquele homem bondoso, que a cada dia eu culpava menos pelo acontecido na Mata do Cadeado. É que, como todo mundo, eu também tenho alguns pensamentos muito escondidos e era o que acontecia quando eu me lembrava de suas mãos grandes nos meus ombros e os tapinhas no bumbum e do dia que ele me agarrou e fuçou debaixo da minha roupa. Com o tempo, quando Joselito viajava, eu ia mais cedo pra cama e dava corda pras fantasias mais loucas e sozinha mesmo me virava – com a mão, com o cabo da escova, banana verde, pepino, o que fosse. Virava um fuá, uma loucura solitária!

"...ai, ai, que gostoso era esse seu Ozório!" 

Teve um dia que o Seu Ozório disse que ia pra Bonsucesso, que era uma cidade maior ali perto e eu pedi pro pai se podia aproveitar a viagem para comprar umas peças de voal para as cortinas de casa porque não tinha nas Lojas Mocó. A verdade é que na minha cabeça só tinha aquelas ideias, sabe né?  

Ahhhh, não passou da Mata do Cadeado, no mesminho lugar daquele dia, eu perdi o fôlego, ele bufava e, pior que da outra vez, tinha mão pra todo lado, grudava nos peitos, na bunda, na minha pombinha. Dei tudo o que tinha guardado, dei mesmo porque estava dando o que era meu e pronto. Provei que ele tinha escolhido a moça certa - bem, já não era assim tão moça - então ele me virou do avesso - ai, ai, que gostoso esse seu Ozório! 

Depois de abatido e entregue igual a um escravo que apanhou de reio, pensei numa cena final, tipo daquela antes do “the end”, quando a mocinha pisca os olhinhos e faz uma boca molhada de desejo... mas daí mudei de ideia e decidi entregar o que faltava ao meu professor, meu dono, meu macho com EME MAI-ÚS-CU-LO! Ele mandou, obedeci: fiquei de quatro, entreguei tudo, tudinho. Ele podia bater, exigir, mandar... mas teria de ensinar tudo!!! 

Despertou como um garanhão saindo da cocheira, louco pra tomar conta do pasto. Dei e dei tudo, afinal, eu dava o que era meu e pronto.  E nesse dia, que na verdade não passou de umas duas horas, foi como uma linda florada de setembro com promessa de colheita farta.

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